Você está realmente interessado na Verdade ?

O BEZERRO DE OURO

“No livro do Êxodo, Moisés e os israelitas estão no monte Horebe, tendo viajado desde o Egito através do Mar Vermelho.

Moisés escala a rocha para falar com El Shaddai, o Senhor da Montanha (mais tarde chamado Jeová), que ensina que, a partir de então, ele será seu Deus e que eles não mais devem usar seu ouro para fazer ídolos e imagens deiformes.

Nesse meio tempo, no sopé da montanha, os israelitas ficavam impacientes e, acreditando que Moisés tinha se perdido — pois saíra havia muito — eles (aparentemente, milhares deles) removeram seus brincos de ouro e os deram a Aarão, o irmão de Moisés.

Sem alvoroço, ele derreteu os anéis e fabricou um bezerro de ouro para ser seu ídolo de veneração na viagem, dali em diante.

Logo depois, Moisés desceu da montanha e, enraivecido ante a dança em torno do ídolo, realizou uma transformação das mais extraordinárias.

Segundo Êxodo 32:20: “e pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o no fogo e o reduziu a pó, que espalhou sobre a água e deu de beber aos filhos de Israel”.

Na prática, parece mais um ritual que uma punição, mesmo que tenha sido difundida como a história de um castigo.

Aarão derretera previamente o ouro no fogo para moldar a imagem, mas o que Moisés fez foi claramente diferente, porque a combustão do ouro produz ouro derretido, não pó.

A Septuaginta é ainda mais explícita ao afirmar que Moisés “consumiu o ouro com fogo”, implicando um processo mais fragmentário que esquentar e derreter. “

O Oxford English Dictionary define “consumir” como “reduzir a nada ou a pequenas partículas”.

Mas que processo é esse que, pelo uso do fogo, pode reduzir ouro a um pó?

E por que Moisés “o espalhou sobre a água” e a deu para que seus seguidores bebessem?

Aqui, novamente, a Septuaginta difere levemente, mas talvez de forma significativa, ao dizer que Moisés “semeou” o pó na Água”.

ALQUIMIA

“Paralelamente, considerava-se Moisés como guardião primário (um ARGUS)da sabedoria hermética, que viera do Egito.

Registra-se que ele era um estudioso de Hermes na Turba Philosophorum (Assembleia dos Filósofos), um trabalho latino do século XII traduzido a partir de fontes e árabes primitivas.

A transmutação do ouro chegava a ser de Arte Hermética Mosaica.

Tais referências remontam a um tratado do século XIII intitulado The Domestic Chemistry ofMoses, progredindo ao famoso Kitãb al-fihrist (Livro do índice) árabe do século X, de Ibn al-Nadim.

Tempos depois, seguiram-se os comentários acerca da Bíblia Mirqraot G ‘dolot do século XII, do judeu espanhol Abraão ibn Esram, e o Alchymica, do filósofo alemão do século XVII, Johann Kunckel, da Académie Royale.

Seja de fontes judaicas, muçulmanas, cristãs ou outras, Moisés era reverenciado por todos como um expoente fundamental da filosofia hermética. “

“Com relação à ignição do bezerro de ouro para transformá-lo em pó, a mesma observação é consistentemente feita em textos antigos (ver “O Objetivo Principal”, p. 23) — de que o aquecimento do ouro produz ouro derretido e a queima continuada simplesmente o deixa negro e imprestável.

A interpretação comum do Êxodo 32:20 é, portanto, enganadora até que a pessoa entenda a física do pó de ouro monoatômico (átomo simples), obtido pelo fogo de arco voltaico do electrikus (eletricidade).

De acordo com a doutrina cabalística, todo o mistério dos querubins repousa sobre uma compreensão dos princípios alquímicos como descritos no texto hermético de Jó 28:5-6.

Isso junta tudo o que já discutimos (fogo, pão, pedra, safira e ouro) em uma equação:

“Da terra procede o pão, mas embaixo é revolvida como por fogo.
Nas suas pedras se encontra safira e há pó que contém ouro”. “

Laurence Gardner
Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada

OS HICSOS

Os Faraós Pastores Hicsos do Baixo Egito.

“A ideia central básica dos dois livros, Jesus e Tempest, é que o povo ISRAELITA não era simples escravo no Egito;

era, pelo contrário, a nação dos hicsos.

O povo de Hicsos era uma parte completamente integrada da população do Egito que habitava a área do Delta do Baixo Egito e fundou cidades importantes em Avaris e Mênfís.

Esse povo não era só influente e poderoso, tendo um exército substancial, mas também mantinha uma monarquia paralela à de Tebas no Alto Egito.

Esses líderes dos hicsos eram nada menos que os faraós do Egito, poderosos o suficiente para desafiar a regra dos monarcas de Tebas.

Apesar de seu poder, porém, os hicsos foram finalmente empurrados para fora do Egito pelo faraó de Tebas Ahmose I e, de acordo com o historiador Manetho, do século III a.C., eles então seguiram seu caminho em um grande êxodo para Jerusalém. “

Ralfh Ellis
As Chaves de Salomão
Cap I
A Monarquia Unificada

O CAJADO MÁGICO

Como vimos, à Moisés foram atribuídas algumas tarefas…e para opera-las tinha um Instrumento de Poder.

ZS escreve sobre isso.

“Essa trama de paralelos torna-se mais densa à medida que vamos tomando consciência da existência de outras lendas, como o antigo conto judaico que afirmava que o cajado, com o qual Moisés realizou muitos milagres, inclusive a separação das águas do lago de Juncos, foi trazido por Adão do Jardim do Éden.

Adão deu-o a Henoc que por sua vez passou-o para seu bisneto Noé, o herói do dilúvio.

Em seguida ele foi repassando-o pela linha de Sem, de geração em geração, até chegar a Abraão (o primeiro patriarca hebreu pós-diluviano).

O bisneto de Abraão, José, levou o cajado consigo quando foi ao Egito, onde alcançou a mais alta posição na corte do faraó.
Lá o cajado permaneceu entre os tesouros do reino e foi as¬sim que chegou às mãos de Moisés, pois este foi criado na corte e vivia como um príncipe egípcio antes de fugir para a península do Sinai.

Numa versão dessa lenda, o cajado era feito de uma única pedra;
em outra, de um galho da Arvore da Vida que crescia no Jardim do Éden.”

HENOC E MOISÉS

“Nesses relacionamentos entrelaçados,voltando aos mais primevos dos tempos, também existiam lendas ligando Moisés a Henoc.

Um conto judaico, chamado “A Ascensão de Moisés”, fala que quando o Senhor chamou Moisés no monte Sinai e encarregou-o de levar os israelitas para fora do Egito, este resistiu à missão por vários motivos, entre eles sua fala vagarosa e pouco eloquente.

Determinado a acabar com essa humildade, o Senhor decidiu mostrar a Moisés “os anjos”, os mistérios do céu e o lugar onde ficava seu trono.

Então “Deus ordenou a Metatron, o Anjo da Fisionomia, para conduzir Moisés até as regiões celestiais”.

Apavorado, Moisés perguntou a Metatron:

“Quem és tu?”

E o anjo (literalmente: “emissário”) respondeu:

“Sou Henoc, filho de Jared, seu ancestral”.

Acompanhado pelo angélico Henoc., Moisés viajou pelos sete céus, viu o inferno e o paraíso e em seguida foi devolvido ao monte Sinai, onde aceitou sua missão.”

A Escada para o Céu
Cap. VI
Nos Dias Antes do Dilúvio

Serpentes, Encantamentos e Querubins

Em alguns pontos parece se contradizer “O Senhor” Yaweh em suas incumbências ao Moisés.

Laurence Gardner dá o seguinte enfoque à respeito:

“Mesmo na história do Sinai, o emblema relaciona-se diretamente à cura dos israelitas, quando o Senhor disse a Moisés:

“Faze uma serpente e põe-na em um bastão”.
(As descrições “serpente de bronze” e “coluna” são em geral utilizadas nas Bíblias de língua inglesa, mas não era assim na Septuaginta grega original, que descrevia apenas uma “serpente” e um “bastão”.)

A anomalia intrigante aqui é a mesma irregularidade que existe com relação aos querubins dourados da Arca da Aliança.

As instruções para fazer tanto a serpente quanto o querubim supostamente vieram de Deus;
porém, Ele também teria comandado o seguinte:

“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êxodo 20:4).

Em um momento, temos Moisés admoestando Aarão e os israelitas por fazer um bezerro de ouro e, no seguinte, ele se ocupa em fazer uma serpente e querubins!

Sob tal inviolável prescrição, não parece plausível que Moisés tenha tido requisição divina para manufaturar formas de vida figurativas.
Por conseguinte, é provável que a serpente não fosse uma cobra como as outras e que os querubins não fossem anjos.”

“A maior dificuldade ao se pensar na Arca é a natureza dos querubins, o Senhor anteriormente dera a seguinte ordem:

“Não farás para ti em de escultura, nem semelhança alguma do que há acima nos céus,
nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”(Êxodo 20:4).

Se os querubins fossem representações angélicas, como popularmente se retrata, a regra divina teria sido quebrada desde seu nascimento.

Não muito antes desse projeto de manufatura, Moisés, sustentando o que lhe fora ditado, admoestara Aarão por fazer um bezerro de ouro (Êxodo 32:20-21).
Portanto, é inconcebível que ele houvesse pedido a Bezalelque que fizesse um par de anjos de ouro.”

“Com relação a isso, não devemos ser automaticamente levados a crer que os querubins eram representações de formas de vida apenas porque tinham asas.

Aviões têm asas, xícaras têm asas, cântaros têm asas.

“Asa” é simplesmente uma projeção lateral que se estende a partir do corpo principal de um objeto.

Não devemos também ser desviados pelas criaturas aladas encontradas no artesanato egípcio e mesopotâmico.

Isso não quer dizer que os compiladores do Êxodo no século VI a. C. não tenham sido influenciados por tais imagens ao descrever a Arca, que aparentemente estava perdida para eles naquela época (cerca de quatrocentos anos depois de ela ter sido instalada no Templo de Salomão).

Se ela estivesse no Templo imediatamente antes da invasão de Nabucodonosor e nos setenta anos do cativeiro da Babilónia, em 586 a.C, o último sacerdote israelita a ter visto a Arca provavelmente devia ter morrido nesse ínterim, deixando os querubins abertos a interpretação.

Mesmo excetuando-se essa possibilidade, o fato é que (em qualquer estágio de sua residência no Templo) apenas o sumo sacerdote via a Arca.

Os escribas do Êxodo não teriam uma experiência pessoal e podiam apenas basear sua descrição na tradição e no diz-que-diz.”

Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada
Cap. V
A Arca da Aliança

Nenhum comentário: